Em um coração saudável, os batimentos cardíacos são ritmados e contínuos. Os movimentos de sístole e diástole (ou contração e relaxamento) fazem com que o coração receba o sangue, mande para os pulmões para ser oxigenado e então para o restante do corpo.
Diferente do que muitas pessoas pensam, o infarto e a parada cardíaca não são a mesma coisa. O infarto é o que origina e é a causa mais comum da parada cardíaca. Entretanto, muitos outros fatores podem levar à parada, como insuficiência cardíaca, embolia pulmonar e arritmia cardíaca congênita.
Normalmente, o infarto acontece quando há um coágulo bloqueando uma das artérias do coração, as chamadas artérias coronárias, impedindo que o sangue transporte oxigênio e nutrientes para o músculo cardíaco, na região do miocárdio. Isso é resultado da obstrução da artéria por uma placa de gordura, ou ateroma, que estava fixado em sua parede, mas se rompeu.
Quando há essa ruptura, entre a placa de gordura e a parede da artéria, o organismo mobiliza recursos para repará-lo, o que origina trombos sanguíneos naquela área. Isso, no final, funciona como uma barreira contra a circulação sanguínea na artéria.
A gravidade do infarto depende diretamente do tamanho da artéria que foi obstruída e do tempo que a pessoa levou para ser socorrida. O coração pode ficar no máximo até três minutos sem a irrigação sanguínea, após esse período ele começa a morrer progressivamente, desde a camada mais interna à mais externa.
Consequentemente, conforme a passagem dos minutos, as chances de sobreviver ao infarto vão diminuindo. Durante essa falência do músculo cardíaco, pode haver o comprometimento dos impulsos elétricos que se infiltram no miocárdio. É neste momento que ficam propensas as chances para uma parada cardíaca, que nada mais é do que a parada total ou uma diminuição significativa dos movimentos do coração.
Dentre as possíveis causas da parada cardíaca, além do infarto do miocárdio, temos a insuficiência cardíaca, o surgimento de um coágulo nos pulmões, um desequilíbrio eletrolítico (de potássio ou magnésio), choque, trauma ou uma overdose de algumas drogas que colapsam o sistema elétrico do coração.
Para evitar o infarto e uma possível parada cardíaca é de extrema importância nos preocuparmos com a nossa saúde. Alimentos ricos em colesterol LDL (que é prejudicial à saúde) devem ser sempre evitados, assim como a atividade física deve ser um hábito. Cada vez mais vemos notícias de jovens que apresentam problemas cardíacos ou até mesmo tiveram um infarto.
“O indivíduo que tem a obesidade abdominal, seja homem ou mulher, tem risco aumentado de ter infarto 2,5 vezes maior do que aquele que não tem a obesidade abdominal. Já para o AVC, o risco aumenta por esse acúmulo de gordura, com 500 mil AVCs por ano no Brasil”. (Álvaro Avezum, cardiologista).
- Fontes: saopaulo.sp.gov | blogs.unicamp
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