A melatonina é uma substância conhecida como “hormônio do sono” e é produzida naturalmente pelo corpo humano, a partir da serotonina.
No período da noite ela é secretada pela glândula pineal, que se localiza na base do nosso cérebro. Ela é responsável por regular o ritmo circadiano (ou relógio biológico).
“Os ritmos circadianos são as mudanças regulares dos estados mentais e físicos que ocorrem em cerca de um período de 24 horas – o relógio interno da pessoa. Esses ritmos são controlados por uma área do cérebro que é influenciada pela luz (chamado de marca-passo circadiano).”
Depois de secretada, a melatonina é distribuída para vários tecidos corporais e sua metabolização acontece no fígado. A luz é o fator ambiental mais importante para sua produção e pelo ritmo circadiano da sua secreção.
Apesar dos estudos sobre a melatonina se concentrarem na sua produção pela glândula pineal e pela retina, ela ocorre em diversas áreas, como: pele, ovário, placenta, trato gastrointestinal, medula óssea etc.
Além disso, sua síntese possui variação circanual, ou seja, os picos noturnos são mais altos no inverno. Entretanto, a síntese diminui com a idade, além de haver a possibilidade de diminuição por conta do uso de bloqueadores beta-adrenérgicos (especialmente por idosos) que impedem a ligação entre a noradrenalina e a glândula pineal, limitando a produção.
Qualquer perturbação na produção corporal de melatonina pode ser causar problemas, como: distúrbios do ritmo circadiano, do sono, doenças neurodegenerativas, depressão, dentre outras. Por isso sua suplementação pode ser feita de maneira tópica ou por via oral (com acompanhamento profissional).
A partir de muitos estudos e pesquisas foi possível observar que a melatonina possui efeitos que vão além dos que se sabia até então:
“Hoje sabe-se que é uma molécula versátil, possui inúmeros benefícios, os quais ocorrem devido principalmente à sua capacidade antioxidante e a regulação do sono. É possível notar sua relação direta e indireta com o rejuvenescimento celular e, consequentemente, rejuvenescimento do organismo.”
Portanto, além de ser utilizada para tratamento contra distúrbios relacionados ao sono, foi observado que a melatonina possui alta eficácia antioxidante. No interior das nossas células ocorrem diversas reações químicas a fim de manter a vida celular, como produção de energia, proteínas etc. Tais reações e alguns fatores externos produzem metabólitos que são tóxicos para o organismo, denominados radicais livres. Daí a necessidade do organismo de possuir um sistema para combater esses metabólitos; sistema esse denominado de capacidade antioxidante.
Ademais, um estudo alemão que foi publicado no International Journal of Trichology chegou à conclusão de que a melatonina, em sua forma tópica, também pode ser utilizada como uma opção de tratamento para alopecia androgenética, além de melhorar a ocorrência de caspa.
Portanto, além de regular o ciclo circadiano, a melatonina possui muitos benefícios, dentre eles: ação antioxidante, anti-inflamatória, anti-envelhecimento, reguladora de humor etc.
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