A Coenzima Q10 (CoQ10) foi descoberta em 1957 na Universidade de Winsconsin-Madison (EUA). Ela é lipossolúvel e é produzida pelo organismo, mas também pode ser obtida através da alimentação.
A Coenzima Q10 está presente em todas as células do corpo humano, mas suas concentrações variam de acordo com a necessidade. Sua localização é a membrana interna das mitocôndrias -organela responsável pela produção de energia celular- e lá interage com enzimas específicas, por isso sua denominação, já que atua como coenzima participante da cadeia respiratória mitocondrial.
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Por conta da sua função de auxiliar no processo de obtenção de energia celular, os tecidos e órgãos com maior necessidade energética - como músculos, neurônios, fígado e rins - possuem maiores concentrações.
Quando obtida através da dieta, pode ser encontrada em ovos, cereais, produtos lácteos, nozes e vegetais -especialmente espinafre e brócolis-. Já a carne vermelha, peixes e aves possuem quantidades maiores.
Devido às suas propriedades antioxidantes, a Coenzima Q10 está disponível no mercado como suplemento alimentar ou nutracêutico e em formulações cosméticas. O nutricionista Felipe Cardoso afirma que a Coenzima possui controle sobre a passagem dos elétrons, evitando danos nas membranas celulares e garantindo uma boa concentração de água no interior da célula.
Ademais, estudos apontam que a CoQ10 pode proteger o DNA dos efeitos oxidantes e regenerar substâncias com as mesmas propriedades, como o ácido ascórbico, por exemplo. Seu uso demonstrou uma redução significativa de quebras de fitas do DNA nos linfócitos sanguíneos em pessoas que portam doenças mitocondriais.
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Também possui importância em tratamentos de doenças neurodegenerativas e neuromusculares, devido à proteção das mitocôndrias cerebrais. Estudos têm demonstrado resultados positivos em doenças como Parkinson e Alzheimer. Suas aplicações e benefícios ainda vêm sendo estudados como tratamento de doenças cardíacas, infertilidade masculina, síndrome de Down, câncer de mama e até mesmo para tratamento de enxaquecas.
Com relação a esta última, observou-se que a Coenzima Q10 pode reduzir a duração do período de dor de cabeça e sua frequência, entretanto nada foi observado com relação à intensidade. As doses usadas nos estudos variam, porém giram em torno de 400 mg por dia. Além do consumo da coenzima, há alternativas que podem ajudar a aliviar os sintomas da cefaleia, como o consumo ideal de água, fibras e nutrientes benéficos para a microbiota intestinal, qualidade do sono e a prática habitual de exercícios físicos.
A CoQ10 disponibilizada pela Biovital é a Coenzima Q-10 98%, ativo indicado para controle de colesterol e triglicérides e para redução dos radicais livres, devido à sua ação antioxidante.
- Fontes:
Coenzima Q10: Aplicações clínicas, de Mônica Amadio Piazza Jacobs.